Ultimamente tenho analisado a minha vida de novas perspectivas e vou vendo menos graça em fazer as coisas da forma certa. Contesto todos os princípios religiosos e não vejo mais importância em temer a justiça divina. Por que essa obsessão pelo bom e pelo correto? Por que devo adotar os princípios coletivos sociais que me são impostos?
Estou mesmo revoltado e não é com o sistema, com as pessoas, com isso ou aquilo, estou revoltado com a própria existência e não vejo mais graça numa vida normal. Quando começo a me imaginar trabalhando anos e anos pra comprar algo, pra conseguir algo, me dá um desânimo completo, pois é o que todo mundo faz, é o que todo mundo se programa pra fazer , e que graça há em ser mais um igual a todos os outros? Acho que a própria existência está perdendo a graça pra mim, pois não vejo mais magia nas coisas como trabalhar, constituir uma família, e a falsa vida social. Quando me aprofundei nos estudos do comportamento do ser humano comecei a perceber a futilidade que molda nossas formas de ser e agir.
Cada vez me sinto mais liberto, porém à medida que me desprendo menos dos grilhões sociais que me cercam e dos princípos éticos e morais, também sinto que não restará muito tempo pra minha própria existência. Estou começando a me preparar para não sofrer quando o momento chegar, um samurai jamais teme o fim, pois sabe que é um novo início.
Cada vez tenho mais desprezo pelas coisas e acho isso tudo cada vez mais natural. Acordo e acho 90% das pessoas que vejo pelo caminho ridículas, fúteis, iguais, padronizadas...e buscando o que?
Tenho sempre com satisfação a imagem de uma cidade pegando fogo, tudo e todos queimando e eu sentado no meio do fogo rindo e vendo tudo queimar. Como se estivesse dentro do próprio inferno.
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